Origem e história

O Ovelheiro Gaúcho foi desenvolvido no Rio Grande do Sul sem qualquer planejamento, ao acaso, pela necessidade do peão gaúcho de ter um cão que o ajudasse no árduo trabalho nas fazendas da região. O cão precisa estar adequado ao difícil estilo de vida desses trabalhadores, vivendo em condições precárias, comendo sobras da comida do peão, misturada com sabugo de milho.

Imigrantes europeus, criadores de ovelhas, chegaram à região sul, no final do século XIX e trouxeram consigo cães da raça Collie para ajudá-los no trabalho de pastoreio nas novas terras. Esses Collies foram sendo cruzados naturalmente com os cães nativos, já mais habituados à região, dando origem a cães mestiços mais rústicos e mais resistentes às condições locais. Com a importação na década de 1950 de "Merinos" (raça de carneiros da Austrália), chegaram também cães Border Collie, que foram sendo cruzados com esses mestiços de Collie já existentes.

A desvalorização no preço da lã fez com que muitos criadores trocassem seu rebanho de ovelhas por gado, o que fez com que alguns criadores preferissem cães um pouco maiores, com uma maior porcentagem de Collie, já que esses são maiores que os Border Collies e, por conseguinte mais adequados para trabalhar com bois que são maiores e mais pesados que os carneiros.